A FRAGILIDADE DOS RELACIONAMENTOS
H oje me deparei com um soneto belíssimo, do poeta Vinícius de Moraes, intitulado Fidelidade, conhecido pela grande maioria e que descreve a finitude dos relacionamentos e destaca que eles devem ser infinitos enquanto durem. O poeta ressalta o início de um romance em que existia zelo, atenção, encanto. Depois, com o passar do tempo, vem a rotina, o desinteresse até chegar às desilusões, decepções ou até mesmo a morte. Por isso, diz ele, “ que eu possa dizer do amor (que tive), que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito, enquanto dure.” Era assim a visão que ele tinha de um relacionamento amoroso. Refletindo sobre o assunto, cheguei à conclusão de que, a partir daí, aconteceu uma revolução na cabeça dos jovens (eu era um deles) porque veio batendo de frente a uma concepção arraigada referente à durabilidade dos relacionamentos afetivos, em que a sociedade e toda a cultura de séculos havia implantado nos corações e n