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Mostrando postagens de 2013

Medos

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        O ser humano traz no seu interior uma gama de sentimentos que podem, muitas vezes, dificultar os seus passos. À medida em permitimos ou não  que eles tomem proporção nas nossas escolhas, podemos ter, em nossa vida, resultados positivos ou negativos.                 Alguns desses sentimentos são originários da nossa infância, onde grande parte das vezes não sabíamos combater e nem tínhamos com quem partilhar e eles foram tomando corpo e se avolumando de tal forma na nossa mente,   que,talvez hoje, repercuta em nossas decisões e atitudes. Aliás, a própria psicologia explica que a personalidade do ser humano é formada dos  zero  aos sete anos.                Engraçado como muitas coisas da minha infância permanecem vivas no meu pensamento. Lembro-me que, bem pequena, (mais ou menos uns 5 a 6 anos)  quando chegava a hora do “recreio” no colégio, as meninas maiores atacavam a minha “merendeira”. E eu não podia reclamar e nem contar para a professora porque era ameaçada de lev

O perigo de manter um coração ferido

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      Há dias, ouvi uma história que, à primeira vista, não me despertou atenção porque, inicialmente, a meu ver, era um relato corriqueiro que acontece no dia a dia das pessoas. Era alguém que relembrava fatos de sua infância remota e que falava de um cachorrinho vira lata, cheio de sarna, mas que era muito amado pelo dono e, como moravam em uma casinha muito pobre à beira de uma estrada, tinham sempre o cuidado de fechar a cancela para que o cãozinho não corresse em direção aos caminhões e carretas que passavam na pista. Era a preocupação constante do seu dono, que amava muito o seu cãozinho. Certo dia, alguém descuidou-se e deixou a cancela aberta. E não deu outra. Aconteceu o que seu dono temia. O cãozinho foi direto em direção à pista e teve a sua pata atingida pela roda de um caminhão Imediatamente, o dono percebeu o que lhe ocorrera pelos granidos de dor e correu a seu encontro, colocou-o nos braços para socorre-lo. Porém, instintivamente, movido pela dor, o cão mor

MÁSCARAS QUE USAMOS

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             É interessante fazer pequenas paradas na nossa vida para refletir e visualizar o nosso interior, o que carregamos dentro de nós que deixamos exteriorizar para os que convivem conosco.              Você que está lendo o texto, já se perguntou como os outros o veem? Já refletiu o porquê de,  em alguns dias, você amanhecer triste, com falta de sentido para a vida, querendo encontrar algo que o faça feliz ou lhe traga a alegria ou a meta para viver?             Geralmente, as pessoas observam o que exteriorizamos na nossa convivência com elas porque, na verdade, só Deus vê o que está dentro de nós. Por isso, é importante refletirmos à luz da Palavra como está o nosso coração (símbolo das nossas emoções),  para, a partir dessa observação, identificarmos o que estamos de fato transmitindo para as pessoas e  fazermos um trabalho conosco mesmo com o fim de  eliminar o que nos impede de alcançar essa paz interior que tanto almejamos.             Muitas vezes firmamos  um

ESCOLHAS CERTAS PARA UM RESULTADO PROVEITOSO

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                Refletindo  a minha história de vida, busquei  identificar as metas que nela priorizei  no passado.  Vale esclarecer, que me refiro  àquilo  que se coloca como parâmetro para se chegar a uma realização de sonhos, ou seja a meta.  Ficamos detidos em nossas próprias preocupações e objetivos a alcançar que deixamos passar despercebidas as maravilhas a nosso redor, seja em relação  à natureza, apreciando a beleza de um céu estrelado, da noite de luar, do perfume de uma rosa, dar atenção e carinho  às pessoas que amamos ou aos animais  que estão à nossa volta.                 Escutei o relato de alguém sobre um fato que me fez pensar sobre tudo isso. Um familiar próximo estava hospitalizado em estado grave. Precisava de um apoio e conforto dos seus queridos, o que o levou a fazer uma ligação para um deles que, no momento estava de saída para um lazer e lhe respondeu que retornaria  quando tivesse um tempinho. Minutos depois, recebe novamente uma ligação, porém agora

O PERIGO DA CONSCIÊNCIA TRANQUILA

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                 O ser humano, embora se confesse sem religião, tem entranhado em seu ser uma consciência que é regida pela lei natural,   que o   faz   distinguir entre o bem e o mal, o que é certo e o que está errado.                 Observamos, frequentemente, situações adversas, onde a capacidade de discernimento das pessoas  parece ter sido anestesiada,  levando- as  a ofenderem e a fazerem o mal aos outros, como se nada tivessem cometido.                 Tive oportunidade de conviver com situações desse tipo.  Ouvir de pessoas  ofensas, gritarias, mentiras, calúnias e ainda essas mesmas pessoas  ficarem  na posição de vítimas, levando-me a questionar  e a interrogar-me diante do que eu própria não conseguia entender daquele comportamento inadequado. É uma situação bastante complicada, que mexe com o nosso interior ao nos deparar com  o quadro de tranquilidade do ofensor que nos leva a ficar em dúvidas em relação  à nossa própria consciência e chegamos a pensar que, mesmo  q

INDIFERENÇA OU DESAMOR?

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              Estamos vivendo a era do descartável e da indiferença.                 Há algum tempo, ao ver reportagens na TV sobre fatos chocantes, como, por exemplo,  homicídios, me dei conta de que aqueles que têm o coração sensibilizado,  sentem-se mal ao perceber a forma com que as pessoas se posicionam diante da dor e do  sofrimento do próximo. A maioria desses noticiários provém da periferia, onde há frequentes ocorrências policiais e,  enquanto a família está sofrendo pela perda de um ente querido  ali presente no chão, sem vida, aguardando o IML, os vizinhos e as crianças,  principalmente, estão ao redor, achando graça por serem  filmados,  e, por causa disso,  ficam sorrindo, fazendo gestos, brincando em frente das câmeras, completamente alheios à dor e ao sofrimento provenientes dessa situação. Porém, devo ressaltar, que a indiferença ocorre, não só na periferia, mas, também,  na  média e  alta classe social.                 Partindo  desse quadro, podemos fazer um

Perseverar sim.. Desistir? Jamais!

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                   Hoje detive o meu pensamento na seguinte  reflexão: Por que as pessoas desanimam,   logo de princípio,  quando os seus planos começam a fraquejar?  E, logo passei a me questionar como eu me comportava diante daquilo que eu planejara para mim e que não estava acontecendo como eu esperava.                 Então, lembrei-me do que me ensinaram, quando criança: “Na nossa vida, antes  de nos lançarmos a um projeto,  temos que traçar planos de ação”.  Alguns chamam de roteiro. Esse roteiro consta de etapas que devem ser percorridas e vencidas.  Para isso, precisamos dar passos, nos esforçarmos  para conseguirmos chegar à meta. Mas, existem pessoas que, diante do primeiro obstáculo,   desistem da caminhada e  ficam sentadas   à beira da estrada, sentindo-se um derrotado, lamentando-se,  na posição de  um perdedor.                 Precisamos combater esse sentimento de fracasso,  assumindo que,  dentro de nós, existe uma força que nos anima a seguir em frente e encar

Amizade x Conveniência – Será que ainda existe amigo ?

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                  Na concepção da palavra, amigo é aquele que está junto para o que der e vier.                 Para os que leem e se deixam pautar pela Palavra de Deus, o verdadeiro amigo é aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. (João 15, 13).                 Refletindo sobre o assunto, passei  a fazer um balanço das minhas amizades e analisar as que até hoje deram provas de sua veracidade. Constatei que tenho alguns  amigos na acepção da palavra, mas também  descobri que no meu convívio existem aqueles que podemos chamar de “amigos da onça”, que são os que estão conosco quando estão se beneficiando de alguma coisa ou nos momentos de lazer.                   Lembro-me que tive  muitos amigos da época de juventude, na escola e faculdade. Era muito ligada a eles. Porém, quando chegou à época de cada um tomar o seu rumo, buscar o seu espaço, essas amizades ficaram no esquecimento, ninguém mais buscou saber como o outro estava, deixando para trás toda a convivência sadia e fe

A arte de buscar a felicidade na vida que temos

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                  Outro dia ao refletir sobre o dito popular “Vida boa é a do vizinho” cheguei à conclusão de  que, grande parte das pessoas  pensam assim. Acham que  só elas tem problemas, dificuldades, tribulações e que a vida do outro é perfeita e maravilhosa, quando,  na verdade,  isso é um mito.                 O coração do homem é, por natureza,  insaciável com aquilo que tem. E sempre está olhando para o outro, para quem,  a seus olhos,  tem mais ou tem o melhor. Por isso, é eternamente insatisfeito, está sempre querendo e buscando mais.                 Guardo na minha memória  algumas experiências que fiz ao longo da minha vida,  comigo mesma, na minha infância, das minhas atitudes e reações.  A minha cidade natal, Floriano-Piauí, é muito quente, por isso era praxe as pessoas  dormirem  de rede. E, dificilmente, as casas eram forradas. Por isso, antes de adormecer eu ficava a contemplar o telhado, olhando as frestas de luz que entravam pelas brechas e isso fazia com qu

A esperança é a última que morre...

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                Pensando nesse dito popular, “A esperança é a última que morre”, fiquei a contemplar alguns acontecimentos da nossa vida, em que muitas vezes deixamos murchar a esperança.                 A nossa caminhada terrestre  é cheia de altos e baixos. É como uma estrada cheia de declives, onde uma hora subimos para descer novamente ao encontro de uma reta segura para prosseguir. E essa busca, a maioria das vezes, exige de nós a perseverança, um olhar atento para a vida,  a paciência e, sobretudo, a esperança.                 Um grave problema  que ultimamente atinge parte da humanidade  é o que chamamos de depressão.  Apesar de não ter conhecimento médico,   dá para perceber que esse mal  tem uma raiz, porque tudo tem uma origem. E a meu ver,  esse sentimento de que tudo acabou começa com a falta de sentido para a vida, que nada mais é do que a perda do entusiasmo, da vontade de lutar pelos seus objetivos, de caminhar com  esperança, mesmo sem vislumbrar o que se p

Como se sustenta o ateu?

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            Logo pela manhã, ao fazer minhas reflexões, fiquei pensando: Como se sustenta o ateu?          Esse pensamento me remonta a alguns anos, quando tive a oportunidade de conversar com um senhor,  ex combatente  da segunda guerra mundial, que me dizia não acreditar em Deus. Mantive uma boa conversa  com ele buscando descobrir o porquê de tamanha incredulidade.          Aos poucos,  fui ganhando a sua confiança  e  passou a relatar-me   sua história, na qual  pude identificar alguns pontos que o levaram a se posicionar daquela forma.          De origem humilde,  perdeu os pais muito cedo. Teve que se separar dos irmãos. Alguns ficaram com pessoas da família. Outros,  com estranhos que os  adotaram para prestar serviços domésticos. E, assim, ele passou a infância e adolescência sem experimentar o  convívio amoroso de uma vida em família, passando  a sobreviver trabalhando arduamente para ganhar o pão de cada dia. Para fugir dessa situação, cedo alistou-se ao exército

A necessidade do perdão para ser livre

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     O perdão é uma decisão humana, mas é também vontade de Deus.  Como perdoar, se não tenho vontade, se a ofensa é tão grande, que não consigo? Por nós mesmos, tem coisas que são humanamente impossíveis, ex. alguém perdoar o assassino de um ente querido e esse sentimento passa a ser um peso muito grande a carregar no nosso coração. Então, nós passamos a levar dentro de nós aquela ou aquelas pessoas que nos prejudicaram. Acordamos, tomamos café, almoçamos, jantamos e dormimos com ela. Ela fica como prisioneira do nosso coração.  E isso é um fardo pesado que nos leva a viver amargurados e sem paz. Assim aconteceu comigo. Buscava esquecer nas viagens, porém a pessoa me acompanhava para onde eu ia. Nas minhas conversas, o ponto central era sempre a mesma história. Aquilo que eu buscava pela viagem ficar longe me acompanhava mais próximo do que eu imaginava. Era como se eu levasse um pássaro preso dentro da gaiola, que havia se tornado o meu coração.  E isso era uma verdadeira tortura

O CUIDADO AO DIZER O SIM

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                O Sim e o Não  é a manifestação da liberdade de cada um e  descreve o que o nosso interior deseja  ou  não  realizar.                 Para mim, o SIM  é  mais relevante  do que o  Não. Ele exige um compromisso  na realização  daquilo que eu me proponho a  fazer.                  Quando   bem criança, aprendi  com o meu avô algo  que ajudou muito  na formação do meu caráter, da minha personalidade:  A lealdade ao meu sim.                 Certa vez, ele me advertiu: minha filha, tenha muito cuidado quando você der o seu sim, pois ele exige:  lealdade, fidelidade, perseverança, compromisso  e responsabilidade. Antes de dar o seu sim,  avalie primeiro se você vai poder assumir com o que você está propondo realizar.                 A partir do momento em que me empenho a fazer algo para o outro e deixo de cumprir, sem motivo justo,  passo a ser visto  como alguém que não tem palavra, uma pessoa em quem os outros não podem confiar ou que entregam uma missão com

A FRAGILIDADE DOS RELACIONAMENTOS

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      H oje me deparei   com   um soneto   belíssimo,   do poeta   Vinícius de Moraes, intitulado Fidelidade,    conhecido pela grande maioria   e que descreve a finitude dos relacionamentos e destaca que eles devem ser infinitos enquanto durem. O poeta ressalta   o início de um romance em que existia zelo, atenção, encanto.   Depois, com o passar do tempo, vem   a rotina, o desinteresse até     chegar às desilusões, decepções ou até mesmo a morte. Por isso,    diz   ele, “ que eu possa dizer do amor (que tive), que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito, enquanto dure.” Era assim a visão que ele tinha de um relacionamento amoroso.  Refletindo sobre o assunto, cheguei à conclusão de que,  a partir daí,  aconteceu   uma revolução na cabeça dos jovens  (eu era um deles) porque veio batendo de frente a uma concepção arraigada  referente à durabilidade  dos relacionamentos afetivos, em  que a sociedade e toda a cultura de séculos havia  implantado nos corações e n