O PERIGO DA CONSCIÊNCIA TRANQUILA
O
ser humano, embora se confesse sem religião, tem entranhado em seu ser uma
consciência que é regida pela lei natural, que o
faz distinguir entre o bem e o
mal, o que é certo e o que está errado.
Observamos,
frequentemente, situações adversas, onde a capacidade de discernimento das
pessoas parece ter sido
anestesiada, levando- as a ofenderem e a fazerem o mal aos outros,
como se nada tivessem cometido.
Tive
oportunidade de conviver com situações desse tipo. Ouvir de pessoas ofensas, gritarias, mentiras, calúnias e ainda
essas mesmas pessoas ficarem na posição de vítimas, levando-me a questionar
e a interrogar-me diante do que eu
própria não conseguia entender daquele comportamento inadequado. É uma situação
bastante complicada, que mexe com o nosso interior ao nos deparar com o quadro de tranquilidade do ofensor que nos
leva a ficar em dúvidas em relação à
nossa própria consciência e chegamos a pensar que, mesmo que não tenhamos feito nada de errado, sejamos
o culpado daquela situação.
Conviver
nessas circunstâncias por um longo período pode trazer feridas muito
profundas em quem a vivencia. Confusão
mental, dúvidas, insegurança, desequilíbrio emocional são algumas das sequelas
oriundas dessa situação, que, se não
forem tratadas devidamente, podem originar o tão temível estado de depressão,
que é conhecido, atualmente, como a doença do século.
Para
que haja uma convivência agradável, onde sejam cultivados o amor, a
sinceridade, o diálogo e a ajuda mútua, é importante que haja uma consciência
da necessidade de respeito ao outro.
A
consciência tranquila não quer dizer ausência de culpa e de consequências
desagradáveis pelo atos cometidos. A vida é um bate e volta. Tudo o que fazemos
e o que dizemos não volta para nós vazios, porém traz resultados bons ou ruins,
dependendo do que fora lançado, ressaltando que, muitas vezes, sofremos as
consequências dos atos das pessoas que estão ligadas a nós. Por isso, é
necessário cultivar o perdão, fazer o bem e procurar se trabalhar para que a
ofensa sofrida não deixe em nós feridas incuráveis que impeçam o curso natural
da nossa vida, de cabeça erguida. Quando
a convivência é contínua e de laços mais profundos (no caso de pai x mãe,
marido x mulher, irmão x irmã etc) o
trabalhar exige uma outra maneira de proceder, podendo até chegar à necessidade
de buscar um psicólogo ou profissional da área, para ajudar a lidar com o problema em questão.
A
nossa vida tem um prazo determinado aqui na terra. Para os que acreditam, Deus
nos criou para sermos felizes e vivermos em harmonia uns com os outros. Devemos
lutar para alcançar esse objetivo, que tem como resultado a paz interior, tão
sonhada por todos nós. Se a convivência tira de nós essa paz, é necessário que
façamos uma análise do que está acontecendo e buscar soluções favoráveis dentro
da realidade que cada um está vivendo.
Lembrando
para os que buscam a Palavra de Deus: Jesus quando ressuscitou e apareceu a primeira
vez aos seus discípulos, disse a eles: “A Paz esteja convosco”. Em outras ocasiões, ele também falou: “Dou-vos a minha paz.” Não é a paz do mundo
(livre de problemas) mas a paz que vos deixará aliviados e tranquilos ao se
depararem com as tribulações do dia a dia.
Posso
confessar que busquei e encontrei essa paz perene em Deus, através de um
aconselhamento e de uma caminhada cristã, que me fez enfrentar as dificuldades
com o olhar para o Alto. É essa paz que
estou, agora, desejando a todos vocês que almejam encontrá-la.
A paz esteja com vocês!
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