A esperança é a última que morre...





                Pensando nesse dito popular, “A esperança é a última que morre”, fiquei a contemplar alguns acontecimentos da nossa vida, em que muitas vezes deixamos murchar a esperança.
                A nossa caminhada terrestre  é cheia de altos e baixos. É como uma estrada cheia de declives, onde uma hora subimos para descer novamente ao encontro de uma reta segura para prosseguir. E essa busca, a maioria das vezes, exige de nós a perseverança, um olhar atento para a vida,  a paciência e, sobretudo, a esperança.
                Um grave problema  que ultimamente atinge parte da humanidade  é o que chamamos de depressão.  Apesar de não ter conhecimento médico,   dá para perceber que esse mal  tem uma raiz, porque tudo tem uma origem. E a meu ver,  esse sentimento de que tudo acabou começa com a falta de sentido para a vida, que nada mais é do que a perda do entusiasmo, da vontade de lutar pelos seus objetivos, de caminhar com  esperança, mesmo sem vislumbrar o que se pretende alcançar. Esse comportamento é muito comum  nas pessoas que apostam todos os seus esforços em um projeto ou em pessoas e, de repente, não alcançam os seus objetivos, se decepcionam.  Veem  os seus sonhos  se evaporarem com o vento.
                Quando passamos por essa prova, o ideal é tirarmos o nosso olhar do que não deu certo, ou dos planos que ficaram por  água abaixo e caminharmos em frente, em busca de uma solução, um  novo  horizonte, onde  o sol  nos fará enxergar uma nova  estrada  a percorrer.
                Recebo muitas mensagens lindas, através de e-mails. A  mais bonita,  para mim,  foi  um texto intitulado A última pedra,  de  um psicólogo e autor de vários livros de auto ajuda, Roberto  T. Shinyashiki.
                Ele conta a história de um pescador que chegou cedo,  de madrugada,  à praia para o trabalho e encontrou um saquinho cheio de pedras. Ainda,  no escuro, começou a jogar as pedras no mar. Enquanto fazia isso, o dia foi clareando até que, ao se preparar para jogar a última pedra, percebeu que era preciosa!
                Ficou arrependido e comentou o incidente  com um amigo que lhe disse:  Realmente, seria melhor se você prestasse mais atenção no que faz, mas ainda bem que sobrou a última pedra!
                Muitas pessoas, quando olham para trás, para os acontecimentos de sua vida, percebem que fizeram muitas bobagens.  É como um filme que vai passando na memória e que podem detectar nitidamente os erros,  e também, os acertos que cometeram. É impossível, dada à  fragilidade humana, acertar sempre.  O que nos faz esquecer de olhar para a frente é o orgulho de não querer admitir que errou, e esse sentimento que nos prejudica é que nos leva a não percebermos  que temos na mão a última pedra, ou seja, a possibilidade de um recomeço.
                Se você que está lendo o texto e  de alguma forma se identifica com aquele pescador que jogou fora tantas pedras preciosas que, hoje, são impossíveis de recuperar, porém, nada de culpa, de se torturar com o que não deu certo no passado. Você ainda estava aprendendo. Perdoe-se e  não se esqueça que você ainda tem na mão a última pedra.
                Como aquele pescador, que estava na praia de madrugada e, só ao amanhecer, se deu conta de que tinha nas mãos pedras preciosas, o raiar de um novo dia está despontando para você. Perceba a seu redor e veja quantas pedras preciosas ainda lhe restaram: familiares e amigos e tudo o que lhe rodeia, que lhe é necessário. Basta abrir os olhos e não deixar que o desânimo, a raiva, o pessimismo lhe façam desperdiçar o que a vida lhe oferece, agora.
                Levante-se, siga em frente e agarre-se com força,  a última pedra está nas suas mãos.
                               

Comentários

  1. Parabéns pelo texto. Muito bem escrito e com uma mensagem maravilhosa!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Amizade x Conveniência – Será que ainda existe amigo ?

Encarando os problemas com o coração pacificado

O despertar para uma consciência moral coletiva