A BUSCA DA FELICIDADE

       

                A estrada da felicidade é comprida, cheia de curvas e espinhos. É uma jornada árdua e difícil. Todos querem chegar ao seu destino, mas ninguém se propõe a enfrentar os obstáculos.
                É, desse modo, que encontro, sentada embaixo de uma árvore frondosa , uma velhinha que saboreava, de modo voraz, uma fruta, que displicentemente, havia caído no seu  colo, e lhe pergunto:   A senhora pode me informar se estou indo no rumo certo para a felicidade?
                A velhinha olhou-me, ainda mastigando a saborosa fruta  e me disse: “Moça, o caminho é cheio de emboscadas e encruzilhadas. Já é quase noite. Senta-te a meu lado. Prosseguirás a tua meta, amanhã.”
                Hesitei  por um momento, porém terminei aquiescendo ao seu convite.
                Desde quando a senhora está sentada aqui? Perguntei-lhe.
                - “Desde os quinze anos, quando a fantasia e os sonhos eram os meus companheiros inseparáveis.  Cansei-me, muito depressa, e agora sou o que você pode observar: uma criatura indolente ( que não mostra emoção ou interesse; que  é apático ou indiferente), que se preocupa apenas em comer os frutos que caem dessa árvore, que me protege e me aconchega.
            Sou dessas criaturas que se amolda àquilo que lhe parece mais fácil, pouco ligando em saber se aquilo é ou não suficiente para se viver tranquila consigo mesma.
            Tenho consciência dessa minha inamovibilidade (de não querer  ser removido ou transferido da situação em que se encontra), embora nada possa fazer agora para evitá-la.
            Mas, você filha, ainda é moça. Não deixe que eu lhe contagie com o meu mal.
            Corra e quando escorregar nas pedras do caminho, não olhes o sangue que escorre nas tuas pernas, corra mais ainda, porque no teu destino, encontrarás o remédio para sarar a tua ferida.
            Os espinhos que perfurarem os teus pés, serão prenúncios de que está no rumo certo das rosas.
            E as rosas, são filhas da felicidade que tanto procuras. Elas saberão te indicar o caminho para chegares ao tão almejado objetivo.”
               (Esse texto foi escrito por mim em 06 de junho de 1970).

            Estamos no período que precede o Natal. Nascimento de Jesus, o Filho de Deus que veio até nós trazer a Salvação, a verdadeira Felicidade e a Paz. Porém, muitos ainda não O conhecem e nem têm despertado o interesse em conhecê-lO.  Ainda estão pelas estradas da vida, com os pés feridos  por enfrentarem as dificuldades no percurso dessa caminhada. Encontram-se ainda iludidos em busca dos presentes a serem oferecidos às pessoas que amam e, esperam com isso,  proporcionar algumas gotas de felicidade e, quem sabe, receber alguma retribuição.
            A velhinha do texto nos  indicou o caminho, que é árduo, entretanto real, que é o de sair da apatia e dar passos para realizar metas que devem beneficiar não só a si mesmo mas também ao próximo. Só assim alcançaremos a felicidade que tanto queremos e a genuína paz e liberdade interior.
            Com essa receita da “velhinha” (que, na verdade, foi fruto da minha imaginação de mocinha de vinte anos, na época) venho, hoje, desejar que nesse Natal você encontre com a verdadeira Paz e felicidade, mesmo que  esteja passando por tribulações, quais sejam  traição, abandono,  saudade,  perda de entes queridos,  frustração e tantos outros  sentimentos que possam entristecer o seu coração. Nunca pare de caminhar e nem se acomode. Afinal, como ela mesma falou, a cura está no caminho.
 Um Feliz Natal e Um Ano de 2015 com a verdadeira liberdade dos filhos de Deus!

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