O sentido da vida

                De onde vim?...
 Para onde vou?
O que eu estou fazendo aqui?
Essas são as três perguntas básicas que inquietam o coração do ser humano, em algum período de sua vida e que cada um precisa responder  para si mesmo, para que  alcance a paz e o sentido para tocar a vida para frente. 
Muitos jovens,  no período da adolescência, quando em formação de sua personalidade, passam por esses momentos de dúvidas e questionamentos em relação ao sentido para as suas vidas. E quando esses questionamentos não obtêm  resposta, eles continuam a persistir na idade adulta, podendo gerar conflitos e ações inconsequentes ao longo da existência do conflitante.
Passo a transcrever um relato de 15/6/1970, do diário de uma jovem, que discorria a respeito desse sentimento que ela trazia consigo.
As estrelas, no céu, pareciam sorrir para mim, como que procurando tirar-me daquele imenso torpor, causado pelas confusões  que martelavam a minha cabeça.
Eu entendi, muito bem, a mensagem de otimismo que elas me traziam, mas não conseguia aceitar aquela notícia como um verdadeiro presságio de coisas boas, mas sim como um pouco de alento para o desespero que trazia em meu ser.
Ali fiquei horas e horas, procurando encontrar a mim mesma, e saber o que verdadeiramente queria, mas não encontrava solução para nada.
Finalmente, levantei-me e fui deitar-me. Mas, não conseguia adormecer e, refletindo, cheguei à conclusão de que o que eu sentia era a falta de algo que eu nunca tive, a angústia por não me sentir capaz de consegui-lo e a tristeza de saber que outra pessoa já o tem no meu lugar.”
Essa narrativa relata o vazio que invade o interior de tantas pessoas, talvez até do seu que está lendo agora.  Ele pode ser interpretado de várias formas, inclusive como uma depressão, apontada como o mal do século, responsável por tantas consultas a psicólogos e psiquiatras, em busca de se evitar um mal maior.
Uma pergunta fundamental que deve ser feita para si mesmo: Onde estou colocando a minha confiança? E a minha esperança? Quantas vezes, acreditamos que a nossa felicidade depende de alguém, ou da realização de projetos, de um emprego e de tantos outros fatores? Quando não os  alcançamos,  achamos que o nosso “mundo caiu”. Então, nesses casos, a tristeza, o vazio, a angústia e a desesperança, são sentimentos que passam a alojar-se no nosso interior.
Devemos procurar identifica-los e trata-los, entendendo que a razão da nossa existência vai além da nossa realização pessoal, que muda de acordo com a época em que estamos vivendo. Por exemplo, se hoje a minha meta é adquirir um bem material, amanhã pode ser fazer uma viagem ou montar um negócio. Isso vai sendo alterado ao longo da nossa vida. Coisas que eram importantes para nós há dez anos atrás, hoje pode não ser mais, e assim sucessivamente. Daí a importância de saber que somos bem mais do que aquilo que pretendemos alcançar.
É importante tomarmos posse do valor da nossa essência. Você e eu somos preciosos para nós mesmos, para a humanidade e para Deus. O que estamos fazendo com os talentos que recebemos? Será que pensamos que esses talentos nos foram dados para usufruirmos individualmente, sem distribuir com os irmãos, sem fazer algo pelos outros? Costumamos ficar olhando para nós mesmos, sem nos conscientizarmos de que alguém está com as mãos estiradas em nossa direção, esperando receber as coisas boas que estão em nós e que a dor não nos permitiu visualizar. Quem sabe, a direção certa seria fazer a experiência de dar sem esperar receber. Só assim iríamos perceber que é através da doação que iremos encontrar a resposta para o sentido de viver.
Que você e eu possamos percorrer essa trajetória, entendendo que a ponte que nos leva do vazio interior ao preenchimento e à autossatisfação é o amor que dedicamos ao próximo. Portanto, mãos à obra. A resposta foi dada. Vamos amar!



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Amizade x Conveniência – Será que ainda existe amigo ?

Encarando os problemas com o coração pacificado

O despertar para uma consciência moral coletiva