O despertar para uma consciência moral coletiva
Observamos, nos dias de hoje, uma humanidade que
caminha em uma busca veloz para alcançar os seus interesses individuais, seus
próprios sonhos e planos, esquecendo-se de que a vida vai além disso. Como
consequência, não paramos para conversar com os nossos filhos e demais
familiares, não contemplamos o céu, as estrelas, a lua porque o nosso olhar
está sempre para baixo. Esquecemos de dar atenção às pessoas que amamos e ao
essencial que a vida nos oferece.
O que
nos interessa é o que nos agrada e o que buscamos conquistar. Essa é a
mentalidade individual que reina na sociedade em geral. Ela vai gerando raízes
profundas onde cada um busca o que é melhor para si e os seus, sem pouco se
importar como o outro irá ficar.
Uma
maneira de identificarmos esse pensamento, é avaliando, por exemplo, pelas redes sociais, como é a “cabeça” de cada
um ao tomar a sua posição para defender uma ideia pessoal que, mesmo sendo
contrária aos olhos da moral, dos bons costumes, da lei e da Justiça, recebe
aplausos de muitos que apoiam o mesmo proceder.
Um dos exemplos atuais é o
caso do goleiro Bruno que, após pegar 22 anos e três meses de cadeia por ter assassinado a sua namorada e
escondido o corpo, foi beneficiado com uma liminar que lhe concedeu a liberdade
e, imediatamente, foi contratado por um time de futebol, assediado por inúmeros
fãs e ovacionado como se fosse um herói. Esse comportamento chocou a muitos,
levando a Justiça a rever a sua decisão. Além desse caso, outro exemplo que nos
faz dar risada. O da Suzana (que matou pai e mãe) foi beneficiada com o indulto
do dia das mães.
Tratamos
como heróis as pessoas que gostamos e admiramos, independente do estilo de vida
que levam, realçando claramente a mentalidade e os valores incorporados pela
sociedade atual, de uma maneira geral. Assim acontece na política. Estamos
presenciando uma situação de caos no nosso país, atingido pela corrupção em
todos os setores da administração pública e em todos os três Poderes da União.
Mas o que vejo? Pessoas se digladiando nas redes sociais defendendo sua opinião
e quem está do seu lado. Não se importam com o certo e nem com o errado. Nem tampouco
com o bem geral do país. Assim acontece, em vários outros aspectos, como por exemplo,
anos atrás uma mulher que se envolvesse com um homem casado era excluída do
meio e do convívio social. Hoje, entretanto, ela é admirada pela sua juventude e beleza, com
muitos seguidores na mídia que aprovam o seu comportamento e até ridicularizam
a idade, aparência e condição da esposa deixada de lado, pouco levando em conta
a situação do núcleo familiar. É aqui que podemos fazer uma correlação da
mentalidade egoísta e não coletiva que reina no nosso meio.
Onde
temos nos encaixados nas diversas situações que se apresentam à nossa frente?
Ou pensamos coletivamente abrindo mão das nossas
convicções partidárias em prol de um trabalho coletivo que vise o bem de todos?
Cada um encontre a sua resposta
sabendo que esta define sua condição atual e reflete na sociedade ecoando em
nosso futuro pessoal e coletivo.
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